O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizaram n uma operação para cumprir 11 mandados de busca e apreensão na prefeitura e na Câmara dos Vereadores de Barra Mansa, no Sul do Rio de Janeiro.
O objetivo foi levantar informações para um inquérito que investiga uma denúncia de um suposto esquema de propina em que o prefeito Rodrigo Drable (DEM) teria oferecido dinheiro a vereadores para que as contas públicas fossem aprovadas em votação na Câmara Municipal.
Também foram cumpridos mandados na casa onde Rodrigo Drable mora e em outros três endereços relacionados a suspeitos de fazerem parte do esquema.
Diante das denúncias, o Tribunal de Justiça determinou que o prefeito e o presidente da Câmara, Paulo Chuchu (DEM), sejam afastados imediatamente dos cargos.
Em nota, a prefeitura de Barra Mansa disse que Rodrigo Drable foi “acusado indevidamente”, disse se tratar de uma “manobra política” e que “o corpo jurídico do município já está trabalhando na elucidação dos fatos”
A Câmara de Vereadores informou que não havia sido informada oficialmente sobre os afastamentos até a última atualização desta reportagem. Disse ainda que as sessões agendadas para esta semana foram canceladas e serão reagendadas para o fim deste mês.
Também estão sendo investigados o vereador Zélio Resende (PRTB), conhecido como Zélio Show, e o coronel da Polícia Militar Jorge Ricardo da Silva, que ocupa um cargo comissionado da prefeitura. Os dois também foram afastados das funções públicas pela Justiça.
Em qualquer situação de ausência, os cargos de prefeito e presidente da Câmara devem ser ocupados pelos respectivos vices. A vice-prefeita de Barra Mansa é Maria de Fátima Lima da Silva (PRTB). O vice-presidente da Câmara de Vereadores é Luís Antônio Cardoso (MDB).
Prefeito chegou a ser preso
Segundo o MPRJ, Rodrigo Drable chegou a ser preso em flagrante durante a operação, por estar em posse de uma arma de fogo sem o devido registro. O prefeito foi solto mediante pagamento de fiança.