A economia brasileira continua no penúltimo lugar no ranking de competitividade elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Divulgado , o levantamento analisou 18 países – o Brasil só ganha da Argentina.
O estudo da CNI compara o Brasil com economias de características similares. Ao todo, 61 variáveis são avaliadas. Os países mais competitivos são Coreia do Sul, Canadá e Austrália.
A classificação da economia brasileira é a mesma da observada nas últimas edições do estudo.
O mapeamento da CNI mostrou que o país tem as melhores colocações no quesito tecnologia e inovação (8ª lugar), trabalho (9ª posição) e estrutura produtiva (12º lugar). Mas segue na lanterna em financiamento e na penúltima posição em tributação.
“O Brasil possui debilidades na maioria dos nove fatores de competitividade, o que o coloca atrás de economias como Peru, Colômbia, Índia e Indonésia”, diz a economista da CNI Samantha Cunha.
Segundo a CNI, o Brasil apresenta a mais alta taxa de juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%). Esses dois fatores ajudam a explicar o elevado custo de financiamento.
No quesito tributação, de acordo com o levantamento, o Brasil só está na frente da Argentina. Segundo a CNI, a carga tributária representa 32,3% do PIB brasileiro e 65,1% do lucro das empresas.
“Em 2017, a carga tributária no Brasil representou quase um terço do PIB, sendo inferior apenas à observada na Espanha (33,7%) e na Polônia (33,9%), países cuja renda per capita é cerca de duas vezes superior à brasileira, segundo dados de 2018”, destaca a CNI.