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Governo prepara medidas de crédito para estimular economia em 2020

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Diante da desaceleração global, o governo federal prepara medidas na área de crédito para estimular a economia em 2020.
Em entrevista , o secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que as medidas devem abranger o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o mercado de capitais buscando aumentar o volume de crédito no país.
“Posso colocar de maneira geral, essas medidas estão sendo desenhadas dentro do FGTS, podemos ter um crédito consignado com recebíveis do Fundo, vinculado ao saque aniversário, que dará um maior volume de crédito a um custo menor”, disse o secretário.
Waldery lembrou que, hoje, o crédito consignado no setor privado é bem menor do que no público. Cerca de R$ 17 bilhões no primeiro, contra mais de R$ 30 bilhões no segundo.
“Além disso, temos 17 medidas voltadas para o mercado de capitais, tanto em torno de seguros, dívida pública, instrumentos financeiros específicos, que permitirão, em conjunto com Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Susep e Previc, fomentar o mercado de capitais para termos um crédito privado ainda maior. Com isso, teremos uma melhoria no investimento e um PIB em 2020 melhor”, afirmou Waldery Rodrigues.
O secretário Especial de Fazenda disse também que o governo recebeu de forma positiva o resultado divulgado nesta quarta de que o PIB cresceu 1,1% em 2019. O número, afirmou Waldery, é um sinal de que as medidas adotadas na área fiscal estão dando resultado.
Porém, o secretário admitiu que a crise do coronavírus vai afetar o crescimento do país em 2020.
Segundo ele, a revisão que está sendo feita nas previsões do Ministério da Economia vão ser divulgadas no dia 11 de março e vão apontar, muito provavelmente, para um crescimento na casa de 2%, contra o número oficial atual de 2,40%.
Waldery Rodrigues afirmou que “há uma probabilidade considerável” de que a nova previsão fique perto de 2%.
“Há uma probabilidade considerável nessa revisão de que isso seja alterado”, mas acrescentou que “é possível que se mantenha acima de 2%, estamos fazendo os cálculos, o relatório Focus [do Banco Central] está em 2,17%”, afirmou

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