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Há membros do ‘lado podre das Forças Armadas’ com ‘falcatrua’

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que há “membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, e que os “bons” das Forças Armadas devem estar “muito envergonhados”.

A declaração foi dada durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que teve o nome citado em denúncias de irregularidades na compra de vacinas contra Covid (veja detalhes abaixo). Dias afirmou à CPI que foi, também, sargento da Aeronáutica.

“Você foi sargento da Aeronáutica? Conhece o coronel Guerra? Olha, eu vou dizer uma coisa, as Forças Armadas… os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos”, declarou Aziz.
O senador do Amazonas disse, ainda, que esse cenário relatado por ele – de escândalos de corrupção envolvendo as Forças Armadas – não existiu sequer durante a ditadura militar.

“E, aliás, eu não tenho nem notícia disso na época da exceção que teve no Brasil. Porque o [general João] Figueiredo morreu pobre, porque o [general Ernesto] Geisel morreu pobre, porque a gente conhecia e eu estava naquele momento contra eles, mas uma coisa que a gente não acusava era de corrupção deles”, disse Aziz.

“Mas agora, Força Aérea Brasileira, coronel Guerra, coronel Élcio, general Pazuello e haja envolvimento de militares, das Forças Armadas, se tiver alguma coisa. Porque, do nada, […] o sargento Dominguetti se volta contra o sargento da Aeronáutica”, prosseguiu.

Nesse trecho final, Aziz fez referência ao coronel aposentado Glaucio Octaviano Guerra, que teria trocado mensagens com o policial militar de MG Luiz Paulo Dominguetti; ao coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, e ao ex-ministro da Saúde e general da ativa Eduardo Pazuello.

Além de policial militar, Dominguetti afirmou à CPI que tentava atuar como intermediário em um contrato da empresa Davati com o Ministério da Saúde para a venda de 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca. E que Roberto Dias teria pedido, nessa transação, US$ 1 em propina por dose.

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