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Voos na 2ª quinzena de janeiro estão até 38% mais baratos que no fim de dezembro

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Comprar passagens aéreas com antecedência costuma resultar em economia para o bolso. Mas a escolha do período da viagem também pode fazer uma boa diferença. Levantamento do buscador de viagens Kayak mostra que os preços de voos nacionais e internacionais para a segunda quinzena de janeiro estão até 38% mais baratos do que para viagens para o fim de dezembro.

O levantamento comparou os preços dos destinos mais buscados fora e dentro do Brasil para o período das férias de verão, comparando os valores do voos programados entre 20 de dezembro e 10 de janeiro com os da segunda quinzena de janeiro.

Entre os destinos internacionais, o que apresentou a maior diferença de preço foi Porto, em Portugal, com um valor de passagem 38% menor para viagens a partir de 15 de janeiro de 2022. Na sequência, está Miami (-33%), Nova York (31%), Lisboa (-29%) e Orlando (-29%). Buenos Aires é o único destino entre os 10 mais buscados que não apresentou variação no preço.

Quanto aos destinos nacionais, São Paulo é o destino com maior variação de preço, com passagens aéreas 32% mais baratas na comparação dos valores médios da quinzena de janeiro com os do período entre 20 de dezembro e 10 de janeiro.

Todos os 10 voos domésticos mais procurados também apresentaram preços menores para a segunda quinzena de janeiro.
Voos internacionais ainda estão mais baratos que em 2019

O levantamento também mostra que os preços médios para destinos internacionais cujas fronteiras foram recentemente abertas para os brasileiros estão menores do que os praticados no período pré-pandemia.

Para Madri, por exemplo, os preços para viagens até o final do ano ainda estão 35% mais baratos do que os praticados no mesmo período de 2019. Outros destinos com ‘descontos’ em relação ao período pré-pandemia são Praga (-32%), Frankfurt (-28%), Londres (-26%), Lisboa (-24%), Dublin (-23%) e Bruxelas (-18%).

"O ideal é comprar passagens para destinos nacionais com pouco mais de um mês de antecedência, quando a passagem pode ficar até 58% mais barata. Para os destinos internacionais, pode-se chegar a uma economia de 47% se a antecedência for de cerca de quatro meses. Ainda assim, é necessário levar em conta se a data da viagem é em alta ou baixa temporada", afirma Gustavo Vedovato, country manager (gerente nacional) do Kayak no Brasil.

Destinos que estão mais caros e mais baratos dentro do Brasil

Segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, os preços das passagens aéreas dispararam 34,35% em outubro, na comparação com setembro. Em 12 meses, o aumento chega a 50,36%.

De acordo com os dados da Kayak, a maioria dos destinos nacionais mais procurados está com preços médios mais caros neste fim de ano, no comparativo com o mesmo período de 2019. O aumento chega a 34% nos voos para Manaus. Para Fernando de Noronha, os preços estão 27% mais caros e, para Brasília e Belém, o avanço é de 26%.

Já entre os destinos que continuam com preços médios menores, destaque para Ilhéus (-12%), Recife e João Pessoa (-10%), e Maceió (-5%). Já os valores para voos para o Rio de Janeiro e Salvador estão no mesmo patamar de 2019.

O encarecimento das passagens aéreas ocorre em meio ao avanço da vacinação, fim das restrições para entrada de estrangeiros nos países, mas é explicado também por uma oferta ainda limitada de voos e pela alta nos preços do querosene de aviação, que é um dos principais custos das companhias aéreas, e pela alta do dólar.

"A pandemia desorganizou as cadeias logísticas mundiais e, no momento, com o aumento da demanda por viagens, as companhias aéreas ainda estão reorganizando suas redes e oferta, o que também pode influenciar nos preços”, explica Vedovato.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a oferta de voos domésticos, medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK) em setembro ainda ficou 17,4% abaixo da registrada no mesmo mês de 2019.

Aos poucos, as aéreas se preparam para aumentar o número de voos em operação. A Gol anunciou na segunda-feira (1) que pretende aumentar em 10% a oferta de decolagens no mês de novembro, na comparação com outubro

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