Depois de várias rodadas de conversa com senadores, que chegaram a propor um projeto alternativo para a PEC dos Precatórios, o líder do governo e relator da proposta, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), sinalizou que serão poucos os ajustes em relação ao texto aprovado na Câmara. Esses ajustes, segundo ele, estão condicionados aos votos das bancadas do MDB e do PSD.
Bezerra disse que estuda a possibilidade de incorporar ao texto três propostas que surgiram de suas conversas com senadores:
criar uma auditoria dos precatórios, sugerida pelo MDB
garantir o pagamento dos precatórios do Fundef
incluir o caráter permanente do Auxílio Brasil
Especificamente, há proposta para tirar os R$ 16 bilhões de precatórios do Fundef do teto de gastos públicos.
O relator disse que só fará essas pequenas mudanças se tiver o aval das bancadas e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Isso porque, se o texto for modificado no Senado, volta para ser votado na Câmara.
Mesmo se não conseguir o acordo, Bezerra está disposto a colocar a PEC em votação, porque avalia ter entre 51 e 53 votos favoráveis. Ele reconhece que é uma vantagem apertada, já que, por se tratar de uma PEC, precisa de 49 votos favoráveis para ser aprovada.
Bezerra afirmou que não será possível atender às mudanças propostas pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), José Aníbal (PSDB-SP) e Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).
Entre as propostas sugeridas havia a exclusão de todos os precatórios (R$ 90 bilhões) do teto de gastos e o fim das emendas de relator de comissão.
Bezerra, no entanto, entende que são inviáveis mudanças muito significativas em um texto que já foi votado em dois turnos pela Câmara.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, criticou a proposta de excluir os precatórios do teto