Um cliente resgatou, sozinho, cerca R$ 1,65 milhão dos valores a receber do ‘dinheiro esquecido’ nos bancos.
Na terça-feira (29), o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Maurício Moura, afirmou que o maior valor sacado desde que o sistema Valores a Receber começou a funcionar foi de R$ 1,65 milhão. Ao todo, R$ 8 bilhões estão sendo disponibilizados pelo sistema.
O BC não informou de qual cidade do país é o cliente milionário. Mas, se não deve haver muitos com todo esse dinheiro, tem mais gente encontrando ‘boladas’ no sistema: outras 1.317 pessoas têm mais de R$ 100 mil a receber, segundo o BC.
A grande maioria dos clientes, no entanto, está achando valores (muito) mais modestos: quase 14 milhões de brasileiros têm no máximo R$ 1 a receber. Outros 8,7 milhões têm entre R$ 1,01 e R$ 10 (veja mais abaixo a tabela completa de valores).
O Banco Central esclarece que “a quantidade total na tabela (32,3 mil) é superior ao total de CPFs beneficiados (27,3 mil) porque um mesmo CPF pode ter mais de um valor a receber”. Assim, se um mesmo beneficiário tem valores a receber em mais de um banco, ou de mais de uma origem, ele é contabilizado mais de uma vez na tabela.
Segunda etapa
A partir de 2 de maio, o Banco Central vai liberar a segunda etapa de consultas ao sistema de Valores a Receber, com um segundo lote de recursos. Mesmo quem já fez a consulta na primeira fase não encontrou valores, ainda pode ter algo a receber.
"O sistema contará com informações novas repassadas pelas instituições financeiras. Ou seja, mesmo quem já resgatou seus recursos e quem não tinha valores a receber na primeira etapa deve consultar novamente o sistema, pois os dados serão atualizados e pode haver recurso novo", informou o BC.
Segundo o Banco Central, a sistemática de consulta e pedido de resgate vai mudar nessa segunda fase: não será mais preciso agendar a consulta de valores e o pedido de saque. Já na primeira consulta, será possível pedir o resgate do dinheiro.