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Produção industrial tem alta em 11 de 15 locais em fevereiro

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SAO PAULO 24/04/2007 CIDADES IBGE Predio do IBGE na rua Urussui 93 que teve computadores e carros roubados FOTO PAULO PINTO/AE

O avanço de 0,7% na produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro foi acompanhado por 11 dos 15 locais analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As altas mais acentuadas, e acima de dois dígitos, foram no Pará (23,9%) e em Pernambuco (10,2%).

Amazonas (7,8%), Minas Gerais (7,3%), Ceará (6,0%), Região Nordeste (5,1%), Bahia (3,4%), Goiás (1,4%), Paraná (1,3%), Santa Catarina (1,1%) e São Paulo (1,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos no mês.

Por outro lado, Mato Grosso, com queda de 4,4%, apontou o recuo mais intenso, seguido por Rio de Janeiro (-0,5%) e Espírito Santo (-0,4%), enquanto Rio Grande do Sul (0,0%) mostrou variação nula.

Pará e Minas Gerais têm a maior influência

“Em termos de influência, o Pará é a maior com crescimento de 23,9%, baseado principalmente no desempenho positivo do setor extrativo. Trata-se de um movimento compensatório em relação ao mês anterior, uma vez que em janeiro houve grande volume de chuvas que impactou a produção e o escoamento do minério de ferro. Esse crescimento do Pará é o mais intenso desde abril de 2019, quando chegou a 54,8% de alta. O estado vem de dois meses de resultados negativos com uma perda acumulada de 17,6%, agora eliminada com o crescimento de fevereiro”, explica Bernardo Almeida, analista da pesquisa.

A segunda maior influência vem de Minas Gerais com alta de 7,3%, a maior desde julho de 2020, quando atingiu 8,6%. O avanço também é decorrente do aumento da produção de minério, após redução em janeiro devido às chuvas, assim como no Pará. Outro fator que influencia positivamente o crescimento mineiro é o aumento da produção do setor de metalurgia, aponta Almeida.

A terceira maior influência vem de São Paulo, com crescimento de 1,1%, após queda de 2,5% em janeiro. O crescimento de São Paulo se baseia no desempenho dos setores de veículos e o de outros equipamentos de transportes.

“São Paulo responde por aproximados 34% do parque industrial nacional, mas está 2,3% aquém do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 24,2% abaixo do patamar mais alto, atingido em março de 2011”, destaca Almeida.

A quarta maior influência vem do Amazonas, devido aos setores de bebidas e informática.

Pernambuco apresenta a segunda maior alta (10,2%) em termos absolutos, mas é a quinta maior influência. A alta se deve ao setor de alimentos, em especial o açúcar, e ao setor de outros equipamentos de transporte com aumento da produção de embarcações e peças para motocicletas. O estado também vem de dois meses negativos com perda de 7,6%.

Mato Grosso é principal influência negativa

No campo negativo, na passagem de janeiro para fevereiro, Mato Grosso lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%.

A queda vem do setor de alimentos, o mesmo que nos meses anteriores vinha trazendo crescimento com o fim do embargo da China à importação de carnes brasileiras. “Em fevereiro, vemos apenas uma redução na produção para adequação estratégica entre oferta e demanda”, observa Almeida.

Queda na maioria dos locais em outros comparativos

Na comparação com fevereiro do ano passado, oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas. Ceará (-14,7%) teve recuo de dois dígitos e o mais intenso.

Santa Catarina (-6,6%) e São Paulo (-5,4%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-4,3), enquanto Rio Grande do Sul (-3,3%), Região Nordeste (-2,6%), Pernambuco (-1,5%), Pará (-1,4%) e Paraná (-0,9%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.

Mato Grosso (12,6%) e Amazonas (11,3%) apontaram as expansões mais intensas em fevereiro de 2022, seguidos por Bahia (4,4%), Goiás (3,4%), Espírito Santo (1,6%), Rio de Janeiro (1,4%) e Minas Gerais (0,7%).

No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). “Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. Vale destacar que, no início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, diz o analista.

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