Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog defenderam que haja uma apuração “rigorosa” sobre como o ex-deputado Roberto Jefferson, em prisão domiciliar, conseguiu manter em sua residência itens como fuzil e granadas. Para esses ministros, houve uma “falha grave” e é preciso apurar as responsabilidades pelo fato.
Neste domingo (24), o ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar de Jefferson e determinou que o ex-deputado voltasse para a prisão. Quando policiais federais chegaram à residência de Jefferson, ele os atacou com o fuzil e as granadas. Somente após oito horas desrespeitando a ordem do Supremo, Jefferson se entregou.
Ministros do STF disseram ser preciso apurar quem ajudou Roberto Jefferson a manter o armamento em casa, uma vez que estava na condição de preso.
“Alguém entregou essas armas para ele. Afinal, quando o réu foi para prisão domiciliar, as regras mandam fazer uma inspeção na residência em busca de materiais proibidos, como armas”, disse um ministro.
Para outro ministro do Supremo, não é possível imaginar que Roberto Jefferson tenha agido sozinho no episódio.
“Tudo indica para uma ação orquestrada, algo coordenado, feito para tumultuar a eleição. Isso precisa ser esclarecido”, afirmou.
Na avaliação de outros ministros do STF, o caso deste domingo mostra como está “equivocada” a política do governo Bolsonaro de “armar a população”.
Segundo esses ministros, pode virar “moda” no Brasil pessoas com prisão decretada passarem a receber agentes da Justiça a tiros. Segundo esses ministros, é preciso reavaliar toda essa legislação e, de preferência, anular essas vendas de armas feitas recentemente.