Presidentes de partidos de centro-direita já falam em uma reforma ministerial mais robusta e complexa no governo Luiz Inácio Lula da Silva só no fim do ano. Dirigentes dessas legendas avaliam que o petista vem “tentando ganhar tempo” e que, mesmo com o retorno dele do giro internacional por conta da reunião do Brics, não há reunião com PP e Republicanos prevista na agenda. Para esses dirigentes, Lula sinaliza que quer fechar o primeiro ano de governo com a formatação inaugural, para só em 2024, inclusive por conta das eleições municipais, mudar a configuração da Esplanada dos ministérios. Segundo integrantes do governo , o presidente tem dito internamente que mudar a configuração de seu time “com seis meses de governo” poderia passar a ideia de que “algo deu errado”, o que seria injusto na visão de Lula. Nesse cenário, o presidente tem feito contas: com a aprovação do marco fiscal, o próximo grande desafio do governo estaria na votação da reforma tributária, prevista para ocorrer apenas em outubro —no Senado, onde a configuração de forças é mais favorável ao governo. Dessa forma, estaria aberto o caminho para fechar um novo desenho para os ministérios só após o fim do ano Legislativo.