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Anatel recebe 15 propostas para o leilão do 5G

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu as propostas das empresas interessadas em participar do leilão do 5G, a nova geração de internet móvel.

As propostas serão abertas no dia 4 de novembro, quando será realizado o leilão, na sede da Anatel, em Brasília.

Ao todo, foram protocoladas 15 propostas, apresentadas por operadoras de grande e médio porte, além de provedores regionais organizados em consórcio e fundos de investimento que investem em telecomunicações. São eles:

Algar Telecom SA.
Brasil Digital Telecomunicações LTDA.
Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A
Claro SA
Cloud2U indústria e comércio de equipamentos eletrônicos LTDA
Consórcio 5G Sul
Fly Link LTDA
Mega Net provedor de internet e comércio de informática LTDA
Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA
NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.
Sercomtel Telecomunicações SA
Telefônica Brasil SA
TIM SA
VDF Tecnologia da Informação LTDA.
Winity II telecom LTDA

A simples entrega da proposta, porém, não credencia as empresas para participar do leilão. Elas podem ser desclassificadas, por exemplo, se não entregarem todos os documentos necessários e as garantias exigidas.

A Claro, a TIM e a Telefônica (dona da marca Vivo) são as grandes operadoras de telefonia móvel que apresentaram ofertas pelos lotes oferecidos no leilão.

A Oi não participará do leilão, pois vendeu seu braço de telefonia móvel – a Oi Móvel – dentro do processo de recuperação judicial da companhia. A Oi Móvel foi comprada por uma aliança formada pela Claro, TIM e Telefônica, mas a venda ainda está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Se todos os lotes oferecidos forem arrematados, o leilão deve movimentar R$ 49,7 bilhões, de acordo com a Anatel. Desse total:

R$ 3,06 bilhões para pagamento de outorgas, dinheiro que vai para o caixa do governo;
R$ 7,57 bilhões para cumprir a exigência de levar internet para as escolas de educação básica (leia mais abaixo);
R$ 39,1 bilhões para as demais obrigações de investimento do edital.

A previsão é que o 5G comece a ser ofertado até julho de 2022, inicialmente nas capitais dos estados.

O que diz o edital

No leilão do 5G, serão oferecidas, em lotes nacionais e regionais, quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz; e 26 GHz. Essas faixas funcionam como “avenidas” no ar para transmissão de dados. É por meio das faixas que o serviço de internet de quinta geração será prestado.

O prazo de outorga, isto é, o direito de exploração das faixas, será de até 20 anos.

O edital prevê, para cada uma das quatro faixas, contrapartidas que terão que ser cumpridas pelas empresas vencedoras do leilão. As contrapartidas foram definidas pelo Ministério das Comunicações. Entre elas, estão:

disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022;
levar internet 4G para as rodovias do país;
migrar o sinal da TV parabólica para liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G;
construir uma rede privativa de comunicação para a administração federal;
instalar rede de fibra óptica, via fluvial, na região amazônica; e
levar internet móvel de qualidade às escolas públicas de educação básica.

Vantagens do 5G

A expectativa é que o 5G alavanque a chamada Internet das Coisas (IoT, pela sigla em inglês), ou seja, a conexão entre dispositivos cotidianos (máquina a máquina). Setores como telemedicina, educação a distância e automação industrial e agrícola estão entre os que devem ser beneficiados com a tecnologia.

Entre as principais vantagens do 5G em relação às atuais gerações de internet móvel, estão:

Aumento da velocidade de transmissão de dados;
Baixa latência (tempo mínimo entre o estímulo e a resposta da rede);
Maior quantidade de dispositivos conectados em uma determinada área;
Maior quantidade de dados transmitidos por faixa de espectro eletromagnético; e
Maior eficiência energética.

A Anatel afirma que os celulares com tecnologia 4G, 3G e 2G continuarão a funcionar. “No início da implantação do sistema 5G, não há expectativa de descontinuidade das tecnologias anteriores em curto prazo. O 5G agregará novas faixas de frequência à telefonia celular, sem contudo alterar as faixas já disponibilizadas para o uso do serviço”, diz a agência.

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