A estabilidade na aprovação do presidente Jair Bolsonaro ainda é reflexo do pagamento do auxílio emergencial. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada , 37% avaliam o governo como ótimo/bom.
Porém, no Palácio do Planalto já há sinais de preocupação de que a aprovação do governo pode sofrer impacto quando o benefício – criado diante da pandemia de Covid-19 – for interrompido na virada do ano.
A maior prova de que a ajuda paga aos brasileiros tem refletido na avaliação do governo é a aprovação de Bolsonaro no Nordeste.
A taxa subiu entre os menos escolarizados e entre aqueles com renda até dois salários mínimos na comparação com pesquisas feitas antes da concessão do benefício.
A estratégia do governo de relativizar a pandemia e criar um ambiente de desconfiança em relação à vacina também trouxe resultados.
A pesquisa Datafolha mostra que 52% dos brasileiros acreditam que o presidente Jair Bolsonaro não tenha culpa pelas mortes na pandemia de Covid-19.
No Brasil, 181 mil pessoas morreram no país em função da doença desde março.
Mas alguns pontos específicos da pesquisa já soam como alerta.
Segundo o Datafolha, 42% avaliam como ruim ou péssima a atuação de Bolsonaro na pandemia. Para 53%, o país não fez o que era necessário para evitar esse número de mortes.
Em relação ao Ministério da Saúde, a mudança é a mais significativa. A aprovação é a menor desde o início da pandemia: 35% consideram o desempenho da pasta ótimo ou bom. Em abril, durante a gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta, o índice era de 76%.