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Black Friday: saiba como fazer uma boa pesquisa

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Por mais que a renda do brasileiro esteja mais apertada pela inflação, o comércio mantém a esperança de boas vendas na Black Friday de 2021, que acontece no próximo dia 26 de novembro.

Segundo a pesquisa de Intenção de Compra da E-bit | Nielsen, 89% dos entrevistados pretendem adquirir algum bem na data. Dentre as principais categorias de desejo estão eletrônicos (44%), eletrodomésticos (39%), artigos de casa e decoração (30%) e informática (29%).

E o gatilho é o mesmo: o preço foi indicado por 85% dos entrevistados como fator primordial para ir às compras na Black Friday. No podcast Educação Financeira desta semana, há um guia completo de como fazer uma boa pesquisa de preço.

Segundo a professora da ESPM Cristina Helena Pinto de Mello, fazer uma pesquisa robusta de preços é fundamental para “desativar” o impulso de comprar. Ela diz que essa tomada de decisão às pressas é um dos maiores geradores de arrependimento e frustração para o consumidor.

Cristina lembra que é muito importante que o comprador chegue ao “ambiente de Black Friday” com uma lista daquilo que são as suas necessidades reais de compra e uma expectativa do quanto quer gastar.

“Se você prepara isso com antecedência, a chance de você ceder ao que parece ser uma super oferta aumenta. Muitas vezes, quando você faz uma comparação em sites de preços, você acaba descobrindo ofertas ainda melhores”, diz.

Além dos sites oficiais das grandes varejistas, há dezenas de sites que fazem comparativos de preços online. A especialista cita algumas opções, que trazem o preço de um mesmo produto em várias lojas digitais:

Google Shopping;
Zoom;
Buscapé;
Já Cotei;
Baixou;
BondFaro.

Antes de partir para a pesquisa, contudo, Cristina deixa uma última orientação: faça as buscas na aba anônima do navegador de preferência. “As empresas têm algoritmos que vasculham um pouco histórico de navegação dessa pessoa, né? E, assim, montam estratégias para induzir essa pessoa a fazer a compra”, afirma. 

Por fim, a professora da ESPM diz que, com o avanço da vacinação, o consumidor deve também checar o varejo físico, que pode ter boas ofertas para estimular as vendas depois de um período longo de crise.

“Tem bastante diferença dos preços que são praticados online para os do comércio presencial. Vale conferir”, diz.
Pontos de atenção

Como o preço é fator-chave para a compra na Black Friday, é importante estar sempre atento. Um levantamento da Clearsale mostrou que o primeiro semestre de 2021 registrou aumento no número de tentativas de fraude em compras digitais, da ordem de 32,7%.

Preços extremamente baixos são um dos principais atrativos, portanto é preciso ter atenção a alguns detalhes:

Desconfie de valores muito mais baixos que o das lojas concorrentes;
Verifique com cuidado as promoções de lojas desconhecidas;
Dê preferência para empresas consolidadas nas compras digitais;
Cheque a URL da loja para saber se o site é oficial;
Não clique em e-mails ou SMS de destinatários suspeitos.

“Não é momento de aventuras. Se você não conhece uma loja, a Black Friday não é a melhor data para você conhecer”, diz Felipe Paniago, diretor de marketing do Reclame Aqui.

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