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Brasil e China proíbem importação de carne suína alemã

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O Brasil e a China proibiram as as importações de carne suína da Alemanha depois que o país europeu confirmou seu primeiro caso de peste suína africana em um javali na última semana. Os alemães já tinham embargado voluntariamente a venda do produto para os chineses.

O Ministério da Agricultura brasileiro informou que pediu “informações detalhadas às autoridades sanitárias daquele país sobre as medidas de biossegurança adotadas pelas plantas industriais alemãs”.

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de carne de porco e, portanto, as compras do exterior são poucas, cerca de 10 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano. Como comparação, os produtores brasileiros venderam mais de 660 mil toneladas em 2020.

Os alemães respondem por 18% do total importado neste ano (1,8 mil toneladas), movimentando US$ 16,9 milhões no período.

China
A proibição da China às importações de seu terceiro maior fornecedor ocorreu no último sábado (12), em um momento em que o maior comprador de carne do mundo lida com uma escassez sem precedentes de carne suína após sua própria epidemia da doença em suínos.

A proibição da Alemanha, que forneceu cerca de 14% das importações de carne suína da China até agora neste ano, aumentará a demanda por carne de outros grandes fornecedores, como Estados Unidos e Espanha, aumentando os preços globais.

As exportações alemãs para a China movimentam cerca de 1 bilhão de euros por ano, e os volumes dobraram nos primeiros quatro meses deste ano com o aumento da demanda, depois que a produção chinesa encolheu cerca de 20%.

Uma porta-voz do Ministério de Alimentos e Agricultura alemão confirmou a proibição, acrescentando que o ministério continua em negociações com o governo chinês sobre o assunto.

Agricultores alemães pediram na sexta-feira (11) que a China evitasse a proibição nacional das importações de carne suína, e o ministério disse que pediu a Pequim para aplicar uma abordagem regional ao caso da peste suína.

Mas a proibição, anunciada pela agência alfandegária da China e seu ministério da agricultura, foi amplamente antecipada devido ao histórico de Pequim de agir rapidamente para implementar proibições nesses casos.

A proibição ocorre dois dias antes de o presidente chinês Xi Jinping comparecer a uma reunião por meio de um link de vídeo com a chanceler alemã Angela Merkel e líderes da União Europeia.

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