O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai analisar se abre um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) Marcos Scalercio, acusado por mulheres de assédio sexual. O colegiado pode afastar o magistrado de suas atividades.
Além do CNJ, o Ministério Público Federal em São Paulo analisa três acusações de assédio contra o magistrado, que também é professor de um curso preparatório. As denúncias partiram de uma aluna, de uma advogada e de uma funcionária da Justiça do Trabalho. O juiz alega inocência e nega que tenha praticado os crimes.
O CNJ, que tem sede em Brasília, vai analisar o caso a pedido do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão.
Após reportagem sobre acusações em desfavor de Scalercio, o Me Too Brasil, uma organização sem fins lucrativos, recebeu mais denúncias de assédio sexual contra o juiz e professor.
Até a última sexta-feira (2), já tinham sido contabilizados um total de 96 relatos, seis deles de possíveis estupros. O movimento Mee Too Brasil tem parceria com o Projeto Justiceiras. As duas entidades prestam assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual e já encaminharam 62 casos para os órgãos responsáveis por apurar as den