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Inadimplência sobe e atinge maior patamar do ano

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Com a inflação em alta e o desemprego cedendo ainda lentamente, o brasileiro está com mais dificuldade de manter as contas em dia: segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a inadimplência subiu em novembro, para o maior patamar do ano, com 26,1% das famílias relatando ter dívidas ou contas em atraso.

Para meses de novembro, trata-se da maior proporção observada na série histórica do indicador. Em outubro, eram 25,6% das famílias com contas em atraso.

De cada quatro famílias brasileiras, uma tem dívidas a vencer, como cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa. São 75,6% das famílias endividadas, 1 ponto percentual a mais que em outubro, e 9,6 pontos acima do visto em novembro de 2020.
“Mesmo com juros maiores, as necessidades de crédito dos consumidores seguem elevadas, refletindo o maior endividamento em dimensões nacionais”, aponta a CNC em nota.

Grupos de renda

O endividamento nos dois grupos de renda pesquisados segue apresentando tendências de alta desde abril deste ano.

Em novembro, para as famílias com renda até dez salários mínimos, o percentual das endividadas saltou novamente para 77% do total de famílias, ante 75,9%. No mesmo mês de 2020, 67,9% das famílias nessa faixa de renda estavam endividadas, incremento de quase 10 pontos percentuais.

Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados também alcançou o maior patamar, com incremento de 69,5% para 70,3% em novembro, ante 59,3% em novembro de 2020. Na comparação com novembro de 2020, o número representa uma alta de 11 pontos percentuais.

"As famílias no grupo de renda mais elevado têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo de serviços, auxiliando a retomada da atividade econômica no setor, em especial as atividades nos segmentos de serviços prestados às famílias e serviços turísticos", diz a entidade.

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