O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ao blog que o Brasil é o país com as condições mais avançadas entre as seis nações que tiveram aprovados nesta terça-feira (25) os processos para adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Por isso, Guedes disse acreditar em um “fast track”, pelo qual o Brasil cumpriria em menos tempo as metas exigidas pela organização — em geral, esse caminho leva mais de três anos.
O ministro enviou carta à organização na última sexta-feira informando que o Brasil havia aprovado as últimas medidas exigidas para ter o processo de adesão iniciado e solicitar o ingresso na entidade. Na manhã desta terça, Guedes foi avisado de que a aprovação viria no mesmo dia.
O Brasil trabalha desde 2017 para ter aceito o processo de entrada na OCDE. Chamado de “clube dos países ricos”, a organização é considerada um importante passo para a troca de experiências e ganho de conhecimento. Tende a levar à diminuição de tarifas e impostos de exportação e importação, atrair investimentos e pode acelerar o desenvolvimento dos países. Em 2020, os EUA confirmaram o apoio ao ingresso do Brasil
Segundo um integrante da equipe econômica, entrar na OCDE “significa receber grau de investimento em matéria regulatória e fará investidores olharem o Brasil de outra forma”.
Ao falar do “fast track” brasileiro, Paulo Guedes afirmou que o Brasil já participa dos dois fóruns obrigatórios, já aderiu a quatro dos sete instrumentos para acesso, além de já ter aderido a 103 instrumentos legais, de 251 necessários.
Além do Brasil, a OCDE aprovou os processos para Argentina, Peru, Romênia, Bulgária e Croácia.