Rodrigo Roca, advogado que defende o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirma que não houve “qualquer intervenção por parte do presidente Bolsonaro” no caso da suposta fraude no cartão de vacinação dele, de sua filha e de outras pessoas. A afirmação foi feita em entrevista ao Estúdio i na quinta-feira (4).
Segundo o advogado, Cid não depôs à Polícia Federal (PF) depois de ser preso porque a defesa não teve acesso à íntegra do processo em que o caso é investigado. Roca afirmou que vai pedir a revogação da prisão de Cid com base nas informações que estão na decisão tornada pública por Alexandre de Moraes, mas que ainda não tem elementos para entrar no mérito do caso.
Roca afirmou também não ter questionado Cid diretamente sobre seu status de vacinação contra Covid-19 e que não sabe se ele tem certificado de vacinação.
Caso Marielle
Rodrigo Roca confirmou ao Estúdio i que Cid de fato esteve em contato com Ailton Barros, militar que também foi preso na operação. Segundo a investigação da Polícia Federal, durante troca de mensagens ligada ao caso dos certificados de vacinação, Barros afirmou saber quem é o mandante da morte da vereadora Marielle Franco.
Ele afirmou não poder se posicionar sem ter acesso ao contexto da troca de mensagens, mas que “não tem o menor cabimento a associação de alguma conduta do coronel Mauro Cid com esses episódios, com esses delitos, digam respeito ao caso Marielle (…). Tratou-se de contatos eventuais e pontuais com uma só pessoa”.