Os preços do petróleo operam em alta perto de 6%, recuperando parte das perdas, após tombo de quase 25% na véspera, depois do início de uma guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, que provocou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo de 1991.
Por volta das 13h12, os contratos futuros do barril de Brent tinham alta de 6,05%, US$ 36,44 na venda, em Londres, enquanto o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 6,87%, a US$ 33,27, segundo dados da Bloomberg. Mais cedo, os preços chegaram a saltar 10%.
Na véspera, o barril de Brent caiu 24,13%, a US$ 34,36 na venda, enquanto o barril WTI, nos EUA, perdeu 24,6%, a US$ 31,13. O valor de fechamento foi o mais baixo desde 12 de fevereiro de 2016.
Segundo a agência Reuters, investidores miravam possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para evitar a guerra de preços seguem possíveis.
O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.
Alguns bancos passaram a prever também mais cortes nas taxas de juros dos EUA nos próximos meses.
Guerra de preços
O tombo nos preços do petróleo veio depois que a Arábia Saudita iniciou uma guerra de preços contra a Rússia por participação no mercado, na esteira do fracasso das negociações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para tentar estabilizar a oferta e preços da commodity.
A Rússia, que é o 3º maior produtor mundial e se opôs à proposta de cortes mais profundos na produção sugeridos pelos países do grupo para estabilizar os preços do petróleo. Como resposta ao governo da Rússia, a Opep removeu todos os seus limites de extração da commodity.
Mas o ministro russo de Energia, Alexander Novak, disse nesta terça que não descarta medidas conjuntas com Opep para estabilizar o mercado e acrescentou que o próximo encontro da aliança Opep+ está planejado para entre maio e junho.