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Planalto já vê Brasil na defensiva para preservar Mercosul

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Integrantes do governo Lula que atuam diretamente na formulação da estratégia diplomática do Brasil preveem uma atuação mais “defensiva” do país para “preservar o Mercosul”.

O diagnóstico vem acompanhado da tese de que, ainda que haja modulação do discurso de Milei como candidato para a prática no exercício da presidência, sua eleição por si só é uma notícia ruim para a tese de “integração regional”, muito defendida por Lula.

Os interlocutores do presidente Lula dizem ainda que, neste momento, ele deve esperar os sinais de Milei na política externa antes de voltar a se mobilizar.

Lula “abraçou um risco”, disse um aliado, ao enviar uma mensagem parabenizando o novo governo argentino pela vitória –sem citar Milei nominalmente.

Na campanha, Milei fez ataques pessoais a Lula. O risco, portanto, era de que o elogio à democracia e à eleição argentina fosse respondido com uma canelada do presidente eleito. O que, no fim, acabou não acontecendo. Neste momento, portanto, até um telefonema está descartado.

Governabilidade

A análise do Planalto, neste momento, é a de que a falta de apoio explícito no Parlamento –no Senado, Milei tem 7 das mais de 70 cadeiras — e a ausência de qualquer governador aliado eleito farão do presidente eleito, de saída, alguém muito dependente da estrutura política de Maurício Macri e Patricia Bullrich.

O primeiro é ex-presidente, tem agenda de centro-direita e antecedeu Alberto Fernandez, que agora deixará o posto.

Bullrich, por sua vez, correu pelo campo moderado de direita, mas acabou na terceira posição. Ela apoiou Milei no segundo turno e teve participação importante para atrair votos ao presidente eleito.

 

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