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Prefeitura de SP prorroga pela 6ª vez entrega da reforma do Vale do Anhangabaú

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A Prefeitura de São Paulo prorrogou pela sexta vez o prazo de entrega da obra de revitalização do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo. A última promessa do Consórcio Central, que administra a obra, era entregar a reforma completa em 31 de janeiro.

Porém, no último sábado (31), o Diário Oficial do município publicou uma nova autorização da prefeitura para que o contrato de execução seja prorrogado por mais dois meses, sendo finalizado até 1° de abril.
Na carta de novo pedido de prorrogação, as construtoras FBS Construção Civil e a Lopes Kalil Engenharia, que formam o Consórcio Central, afirmam que o novo prazo se faz necessário por causa do “cumprimento do prazo da operação assistida para as fontes, atividades complementares e ajustes finais da obra”.

Questionada, a Prefeitura de São Paulo afirma que a obra de requalificação do Vale do Anhangabaú foi finalizada, mas alega que a prorrogação do contrato “foi necessária para dar continuidade à operação assistida pelo consórcio responsável pelos serviços para certificar que, na entrega definitiva, todos os novos equipamentos, entre eles as fontes de água, funcionem perfeitamente.”

Sobre a data de entrega do espaço para a população, a prefeitura limitou-se a dizer que o local está fechado “devido ao agravamento do número de casos de pessoas infectadas pelo Covid-19.”
A revitalização do Anhangabaú já teve 13 termos de aditamento de contrato entre a gestão Bruno Covas (PSDB) e o Consórcio Central.

A entrega da obra estava prevista inicialmente para junho do ano passado, com o custo inicialmente de cerca de R$ 80 milhões. A reforma, porém já atingiu o valor de R$ 105,6 milhões, valor 32% maior que o orçado no projeto original.

Além de problemas com readequação de projeto, a obra teve um aumento de R$ 11,8 milhões devido ao acréscimo determinado pela Lei das Licitações, quando as obras passam de 12 meses de execução.

Atrasos
Em setembro do ano passado, a obra do Anhangabaú não ficaria pronta em 2020, mesmo a prefeitura mudando três vezes a data de entrega até aquela data.

A reportagem foi baseada em documentos do próprio consórcio, mas a gestão Covas negou que haveria o terceiro atraso na entrega da obra e afirmou que a reforma seria entregue aos munícipes em 30 de outubro, em operação assistida das construtoras – o que não ocorreu.

Nos documentos obtidos pelo G1, as empresas FBS Construção Civil e a Lopes Kalil Engenharia, que formam o Consórcio Central, relataram à Secretaria Municipal de Obras (SPObras) problemas de alteração do projeto e com a pandemia do coronavírus, que atrasaram o cronograma de entrega.

Na sequência, a Secretaria de Obras autorizou outros aditamentos que mudaram outras três vezes a entrega da reforma, conforme abaixo:

Prazo inicial de entrega: junho de 2020
2ª data prometida: 20 de setembro de 2020
3ª data prometida: 30 de outubro de 2020
4ª promessa: 31 de dezembro de 2020
5ª promessa: 31 de janeiro de 2021
6ª prorrogação: 1° de abril de 2021
Na véspera da suposta entrega de 30 de outubro, a gestão Covas afirmou que iria “aguardar o processo de homologação da empresa vencedora da concessão [privada] para abrir o espaço de forma segura, gradual e organizada à população”.

Na mesma semana, o Consórcio Central tinha enviado uma nova carta à SPObras pedindo a quarta alteração na execução da obra para 31 de dezembro.

“Após o fim do processo de habilitação do concessionário, que deve ocorrer em meados de dezembro, o espaço será aberto gradualmente, de forma planejada e segura, e sua ocupação será organizada, com planejamento da ativação dos quiosques e demais espaços no entorno”, disse a prefeitura em nota publicada em 29 de outubro.

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