A companhia aérea Azul encerrou 2020 com prejuízo líquido de R$ 10,83 bilhões, valor mais de quatro vezes maior que o prejuízo de R$ 2,4 bilhões registrado em 2019, segundo as demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
É o pior resultado da aérea, que foi duramente atingida pela retração da demanda na pandemia. A receita, na mesma base de comparação, caiu 50%, de R$ 11,4 bilhões para R$ 5,74 bilhões, a menor desde 2013.
Em um release de resultados também divulgado nesta quarta, a companhia traz dados diferentes para o ano. A receita, segundo ela, foi de R$ 5,79 bilhões, e o prejuízo líquido, de R$ 10,17 bilhões. A Azul diz ainda que, em termos ajustados, o prejuízo líquido anual seria de R$ 4,6 bilhões.
Em nota de rodapé, a administração da companhia diz que o resultado foi “ajustado por eventos não recorrentes, principalmente devido à pandemia”, num total de R$ 143,2 milhões de perda no quarto trimestre, R$ 62,5 milhões de ganho em 2020, R$ 3,2 bilhões de perda no 4° trimestre de 2019 e em 2019.
A empresa diz também que os resultados financeiros foram ajustados por despesas com debêntures conversíveis e que o prejuízo foi ajustado “por ganhos e perdas com marcação a mercado e variação cambial, visto que não há impacto caixa”.