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Ricardo Nunes diz que vai dar continuidade à gestão de Bruno Covas

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O novo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que dar continuidade à gestão de Bruno Covas na prefeitura da cidade, mantendo a composição política feito pelo antecessor na gestão do município.

Nunes participou da primeira agenda oficial dele como prefeito empossado da capital paulista, após a morte e sepultamento de Bruno Covas neste domingo (16). Ele acompanhou a retomada da vacinação para gestantes e puérperas com comorbidades na cidade de São Paulo, em um posto de imunização instalado no estádio Allianz Park, na Zona Oeste da capital.

“A gestão é a do Bruno Covas, não existe nenhuma mudança, nenhuma alteração. Quando a gente ganhou a eleição, no dia 29 de novembro, iniciaram-se os diálogos para compor o governo que iniciou no dia 1 de janeiro de 2021. E eu participei com o Bruno da composição. Então, é um governo que nós fizemos junto, sob liderança do Bruno, evidentemente, sob a forma de pensar dele e não tem porquê não dar continuidade”, afirmou Nunes.
O novo prefeito de SP declarou que tem visão política semelhante ao do tucano e condena qualquer forma de radicalismo na política.

“Minha visão é igual a do Bruno, de defesa incondicional da democracia. (…) E na parte política é a mesma coisa de sempre, abolimos o radicalismo tanto para esquerda ou como pra direita. [Nossa visão] é de centro, é de diálogo, é de convergência”, afirmou.
Ricardo Nunes disse que tinha uma relação muito próxima de Bruno Covas e que a escolha dele como vice na chapa do tucano na eleição de 2020 foi uma decisão pessoal do próprio Covas.

“A minha escolha para vice foi uma escolha pessoal do Bruno Covas. Nossa relação ficou muito próxima quando me tornei presidente municipal do meu partido, o MDB, em 2019, e disse que ia fazer um trabalho no partido para a gente estar junto [na eleição de 2020]. Durante todo o processo e composição a gente sempre trabalhou de uma forma muita parceira e eu só falei pra ele ‘tenho o desejo de ser o seu vice, mas não é nenhuma condição, é um desejo pessoal pela nossa amizade’”, disse Nunes.

“A gente acabou ficando muito próximo, muito amigos, da minha família, de ele ir em casa, da gente estreitar as relações”, completou o novo prefeito de SP.
MDB volta à Prefeitura de SP
Nunes assumiu o cargo de prefeito em exercício de São Paulo no dia 2 de maio, após o pedido de licenciamento de Bruno Covas para tratar o câncer que enfrentava na região da cárdia.

O afastamento de Covas era de trinta dias, mas com o falecimento do prefeito neste domingo (16), a Câmara Municipal de SP declarou extinto o mandato de Bruno Covas, empossando oficialmente o vice dele, do MDB no mesmo dia.

Com Nunes assumindo, a cidade de SP volta a ser governada por um prefeito do MDB – antigo PMDB – depois de quase quatro décadas. A última vez que o partido dirigiu a capital foi com o avô de Bruno, Mário Covas, que era do PDB antes da fundação do PSDB. Ele ficou no cargo por dois anos.

Aos 53 anos, Ricardo Nunes assume pela 1ª vez um cargo no executivo. A trajetória do novo prefeito foi construída no legislativo paulistano, onde ele foi eleito vereador – pelo quociente partidário – por duas vezes, em 2012 e 2016.

Nos dois mandatos, Ricardo Nunes aprovou 58 leis, sendo 41 com outros vereadores e 17 de autoria própria. Apenas quatro não eram de datas comemorativas ou nomes de ruas. Uma que obriga a identificação dos postos de combustível, outra que altera a lei de uso dos celulares nesses locais, também uma que amplia o prazo de defesa contra multas e uma que cria um sistema de transporte hidroviário nos rios e represas da cidade.

Por causa da morte de Covas, a cidade e o estado de SP decretaram luto oficial de sete dias e bandeiras nos prédios públicos foram colocadas a meio mastro, em memória do ex-prefeito.

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