Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente, tem costurado o apoio de líderes de oposição para ser relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST.
Arthur Lira (PP-AL) conversou com Salles e informou já ter conversado com lideranças de PL e PP e também do União Brasil – que conta com dois ministérios no governo Lula (PT), mas que tem postura independente.
Lira reconhece que Salles, atualmente, conta com apoio suficiente para ser o relator, e, em conversa nos últimos dias com Salles, pontuou ao deputado que os parlamentares que querem assumir postos estratégicos nas CPIs não devem transformá-las em “circo”.
O nome de Salles – um dos ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) que, em 2018, sugeriu uso de armas de fogo contra o MST – é o pior cenário para o governo Lula (PT).
João Paulo, um dos líderes do movimento, diz esperar que o PT brigue pela relatoria.
De janeiro até 23 de abril de 2023, trabalhadores rurais sem terra realizaram mais de 30 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que já supera o total de ações em cada um dos últimos cinco anos. O MST diz que há 100 mil famílias à espera de assentamento e quer pressa no plano de reforma agrária, além de troca nos comandos regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Outras CPIs
Lira criou a CPI na quarta-feira (26) junto com outras duas, manipulação de resultados em partidas de futebol e das inconsistências nas contas das Lojas Americanas. Os líderes estão agora indicando a composição dessas comissões.