Valtteri Bottas foi o mais veloz no único treino livre do GP de Eifel, fez a pole e foi aguerrido para se defender de Lewis Hamilton na primeira curva da corrida. Mas um erro nesta mesma curva (na 13ª volta) permitiu a ultrapassagem do companheiro para assumir a liderança da corrida em Nurburgring.
Enquanto o vacilo de Bottas pode ser encarado como falta de habilidade do piloto, Nico Rosberg afirma que é “uma situação das mais extremas” da F1 ter Hamilton colado na traseira do seu carro na briga pela ponta.
- Deixa eu explicar uma coisa para vocês: de fora não parece tão difícil. Mas eu juro a vocês, e eu já estive nesta posição diversas vezes, quando o Lewis está colado na traseira do seu carro por uma hora e meia, essa é uma das situações mais extremas em que você pode se meter. E isso porque enquanto o cara que está na frente, você não pode cometer nem um errinho. Você sequer pode se permitir andar perto do limite.
Mas se estiver atrás, você pode sempre buscar o limite, porque se errar, você trava os pneus, alarga a trajetória da curva, perde meio segundo, e pode tentar de novo daqui a duas voltas, quando estará novamente colado na traseira do carro à frente. Então é muito mais fácil seguir do que ser seguido, e isso é um verdadeiro desafio. Ter o Lewis atrás torna isso ainda mais ameaçador e aumenta consideravelmente a pressão – afirma Rosberg.
Apesar da ultrapassagem do britânico, um dos fatores que determinou a vitória foi o posterior abandono de Bottas com problemas no motor, o que deixou o caminho aberto para Lewis receber a bandeira quadriculada em primeiro e igualar o recorde histórico de 91 vitórias de Michael Schumacher.
Rosberg foi companheiro de Hamilton na Mercedes entre 2013 e 2016 e derrotou o britânico na briga pelo Campeonato Mundial no último ano da parceria, anunciando a aposentadoria cinco dias depois de conquistar o título. Nos quatro anos juntos, a dupla travou batalhas insanas pelas liderança, muitas resultando em toques e até abandonos, como o GP da Espanha de 2016.