O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que, depois do trágico ataque a um hospital na Faixa de Gaza, as chances de aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONUsobre o conflito entre Israel e Hamas aumentaram.
Segundo diplomatas brasileiros, apesar de difícil, as pressões para que seja aprovado um texto determinando um cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário aumentaram muito depois do ataque
Na avaliação de assessores de Lula, o bombardeio ao hospital, independentemente de quem tenha sido o responsável pelo ato cruel mostra que a guerra não pode continuar, os reféns precisam ser libertados, os estrangeiros têm de ser retirados de Gaza e os palestinos, principalmente, precisam ser socorridos para evitar uma crise humanitária ainda mais grave.
A equipe presidencial critica a “reação desproporcional” de Israel ao ataque do Hamas, que também foi alvo de críticas do governo brasileiro, e levou a região a uma situação de quebra das regras internacionais em um conflito como o atual.
A princípio, o presidente Lula defendia a votação da resolução na terça-feira (17) mas, para seguir uma prática da ONU, quando são feitos ajustes de texto, e não ser acusado de intransigente, o Brasil aceitou transferir para esta quarta (18)a votação da resolução sobre o conflito entre Israel e Hamas.
A orientação do presidente Lula continua sendo “resolver e não procrastinar”. A sessão de votação foi marcada para as 11h e acontecerá depois de fortes críticas de países árabes ao ataque ao hospital na Faixa de Gaza, com cobranças aos Estados Unidos e Israel, na linha de que se o cessar-fogo tivesse sido determinado, o ataque ao hospital poderia ter sido evitado.
