A Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras) registrou lucro líquido de R$ 4,59 bilhões no segundo trimestre, valor que representa uma queda de 17,3% em relação ao resultado do mesmo trimestre do ano passado (R$ 5,56 bilhões), segundo balanço divulgado.
Segundo a estatal, o resultado refletiu, principalmente, pelo efeito das revisões tarifárias das concessões de transmissão de energia, além de despesas financeiras e desvalorização do real.
O lucro recorrente da Eletrobras somou R$ 1,422 bilhão, contra R$ 2,186 bilhões no mesmo trimestre do ano passado.
Já o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 7,8 bilhões, valor 483% superior ao reportado no 2º trimestre de 2019, com impacto positivo de R$ 5,5 bilhões devido à revisão das tarifas de transmissão.
Corte de despesas
A companhia também registrou significativa redução no número de empregados, para 12,5 mil, contra 15,5 mil anteriormente, com programas de demissão voluntária. A Eletrobras disse que essas demissões ajudaram a reduzir custos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO) em 26% na comparação ano a ano, para R$ 1,67 bilhão.
A companhia contabilizou R$ 12,5 bilhões de receita bruta no trimestre, dos quais R$ 5,5 bilhões referem-se à remensuração do ativo de RBSE decorrente da revisão tarifária das concessões de transmissão renovadas.
A estatal encerrou o trimestre com R$ 14,7 bilhões em caixa e equivalentes de caixa. Com isso, a dívida líquida ficou em R$ 19,6 bilhões, contra R$ 19,97 bilhões no mesmo período de 2019.
A companhia é responsável por 30% da geração de energia elétrica do país, o equivalente a 51.301 MW, e, durante a pandemia, a geração da Eletrobras chegou a 40% da geração brasileira entre abril e junho. Na transmissão, a empresa detém 44,7% do Brasil, num total de 71.503 km de linhas.
Já os investimentos encolheram 43% na comparação com o 2º trimestre do ano passado, somando R$ 380 milhçoes.
A Eletrobras fechou o semestre com um lucro líquido de R$ 4,9 bilhões, contra R$ 6,908 bilhões obtidos no mesmo período de 2019. Já a Receita Operacional Líquida cresceu 38%, para R$ 18,053 bilhões.