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Governo reúne ministros para cumprir promessas a aliados

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Após a aprovação no sufoco, com emoção e susto, da MP dos Ministérios, a equipe do presidente Lula reuniu imediatamente ministros para acertar regras e garantir o cumprimento de promessas feitas a aliados. O objetivo é evitar nova onda de reclamações e risco de derrotas no Congresso.

O Palácio do Planalto, segundo assessores presidenciais, entendeu o recado e avalia que não dá mais para aceitar que acordos não sejam cumpridos pelo primeiro escalão.

As reuniões individuais foram comandadas pelos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (02).

Entre os ministros chamados para conversas estavam Marina Silva (Meio Ambiente) e Nísia Trindade (Saúde). Outros também serão chamados. O Centrão está de olho no Ministério da Saúde, mas não está nos planos de Lula tirar a atual ministra do posto.

Segundo assessores presidenciais, o governo precisa, sim, fazer ajustes na sua articulação política, como alertou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Uma das reclamações de aliados é que Alexandre Padilha combina uma coisa, mas ministros não cumprem, por conta de divergências partidárias.

Um auxiliar disse que a ordem de Lula é a seguinte: ministros podem ter adversários, mas todos trabalham para o governo Lula e devem atender os pedidos dos aliados do Palácio do Planalto.

Além disso, o governo quer acelerar principalmente as nomeações para diretorias de empresas estatais, emperradas nos trâmites burocráticos.

Por outro lado, o presidente descartou uma reforma ministerial, afastando qualquer possibilidade de demissão de sua equipe no Palácio do Planalto, leia-se Rui Costa e Alexandre Padilha. Trocas pontuais, porém, estão sob análise. Uma delas é da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, de saída do União Brasil.

Ela até pode permanecer, no caso de sua transferência para o Republicanos. Isso porque também está sob análise de Lula a abertura de espaço no ministério para nomes indicados por Progressistas e Republicanos, dois partidos que, por sinal, têm dado mais votos ao governo do que o União Brasil.

Deputados das duas legendas, não por acaso, foram bem tratados na liberação de emendas parlamentares. A avaliação do governo é que esses dois partidos já estão mais próximos de Lula e precisam ser atraídos em definitivo para a base aliada.

 

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