Principal voz dentro da Fórmula 1 contra a discriminação racial, Lewis Hamilton não poupou elogios ao movimento organizado pelos jogadores da NBA, que boicotaram jogos dos playoffs da liga nesta semana em protesto ao atentado contra o americano Jacob Blake, alvejado pela polícia. Entretanto, o hexacampeão da Mercedes não pretende deixar de correr o GP da Bélgica neste fim de semana, optando por se comprometer com a causa de outras formas na prova.
O que eu vou fazer? Não sei se fazer algo aqui na Bélgica teria o mesmo efeito, eu não estou nos Estados Unidos. Não sei se faremos algo especial para a corrida. Mas precisamos conversar para ver o que fazer para aumentar a conscientização sobre essa batalha. Acho incrível o que está acontecendo nos Estados Unidos com tanta gente. No meio esportivo, comentaristas. Há muita gente promovendo mudanças, e é uma pena que não haja uma reação importante. Como esporte, devemos estar unidos. Estou ao lado deles. – disse o britânico.
Após cobrança do próprio Hamilton após o homicídio do americano George Floyd em junho, a Fórmula 1 lançou a iniciativa “We Race as One” e trouxe mensagens contra a discriminação nas primeiras corridas de 2020. No entanto, o próprio Hamilton teceu críticas à forma com que o movimento se deu na categoria.
A onda de protestos na bolha da NBA teve início nesta quarta-feira, quando o Milwaukee Bucks boicotou o jogo contra o Orlando Magic. Outras franquias, como o Houston Rockets e o próprio Los Angeles Lakers, de LeBron James, se recusaram a jogar, movimento que influenciou ligas como a WNBA e a MLS, o campeonato americano de futebol.