Robert Kubica ainda não desistiu de tentar uma vaga de titular numa equipe de Fórmula 1 nas próximas temporadas. Aos 36 anos, o polonês, que ficou com limitações de movimento no braço direito após um acidente de rali em 2011, correu no ano passado pela Williams, mas teve dificuldades para acompanhar o ritmo dos outros pilotos. Acabou substituído por Nicholas Latifi e se transferiu para a Alfa Romeo, na qual é reserva de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi.
Minha história e minha situação nos últimos anos mostraram que nunca se pode dizer nunca. Você nunca deve excluir isso. Minha situação me ensinou, e provavelmente não só a mim, que, mesmo depois de um acidente enorme e uma recuperação complicada, você nunca deve dizer nunca. Ao mesmo tempo, você deve ser realista sobre a situação. Se eu tiver outra chance, irei avaliar essa oportunidade, é claro. Se não, isso é automobilismo – disse Robert ao site “Autosport”.
Apesar de ainda manter vivo o sonho de voltar a correr, Kubica tem os pés no chão em relação às dificuldades do mercado. Mesmo tendo um patrocinador forte (uma empresa petrolífera), o polonês entende que a presença de muitos jovens subindo das categorias de base torna as negociações complicadas:
- Já participei da Fórmula 1 duas vezes. Fiz minha estreia em 2006 e de alguma forma consegui voltar, e essa chance em 2019 foi algo especial para mim. Claro que eu estava escondido pela situação difícil que enfrentamos na Williams e pela falta de desempenho. Mas, ainda assim, quando você pensa sobre isso e sobre a minha carreira, sem olhar para os resultados, ainda é algo muito especial de ter estado F1 duas vezes. Para o futuro você não pode dizer “não”, pois é difícil prever. Mas não será o fim do mundo para mim se eu não tiver outra chance na F1.
Na sua última temporada como titular, Kubica sofreu para acompanhar o desempenho do companheiro de equipe, o inglês George Russell. Porém, o polonês foi o único piloto da Williams a somar um ponto, com um décimo lugar na Alemanha, numa corrida com chuva e na qual os dois pilotos da Alfa Romeo foram punidos por irregularidades técnicas. Robert comentou que, se houve proposta, não vai querer se arrastar no fim do grid. - Se houver uma possibilidade, tenho de avaliar a situação primeiro. Definitivamente, não quero voltar e pilotar em último o tempo todo. Isso não faz sentido para mim. Mas é claro que as oportunidades são limitadas , então vamos esperar para ver – finalizou Kubica, que tem uma vitória na Fórmula 1 (Canadá-2008).
Em 2020, Kubica participou pela Alfa Romeo de três sessões de treinos livres de sexta-feira, nos GPs da Estíria, Hungria e dos 70 anos da Fórmula 1. Paralelamente à F1, o polonês tem participado do Alemão de Turismo pilotando pela BMW.