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Mick será o sexto filho de campeão a tentar repetir feitos do pai na F1

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Ao ser anunciado como piloto da Haas para a temporada 2021, nesta quarta-feira, Mick Schumacher passa a fazer parte de uma lista seleta de pilotos filhos de campeões mundiais da F1 a também disputarem o Campeonato Mundial da categoria. Com sua estreia no ano que vem, o alemão será o sexto representante a tentar repetir o sucesso do pai na categoria. Dos cinco que vieram antes do jovem Mick, apenas dois conseguiram emular o progenitor e levantar a taça de campeão.
Quem são?
Além do filho de Michael Schumacher, desde 1950 a categoria já teve os pares Keke e Nico Rosberg, Graham e Damon Hill, Nelson Piquet e Nelson Piquet Jr., Jack e David Brabham e Mario e Michael Andretti. Desses, apenas Damon e Nico repetiram os feitos dos pais ao se consagrarem campeões mundiais.
Tal pai, tal filho
Damon Hill foi o primeiro filho de campeão a levantar a taça, em 1996. O britânico é filho de Graham Hill, vencedor das temporadas de 1962 e 1968. Nico, cujo pai Keke é dono do taça de 1982, tornou-se o segundo filho de campeão a repetir o feito do pai. Mas com um detalhe importante: Keke foi o primeiro a ter o privilégio de testemunhar a consagração do filho, já que Graham faleceu em 1975, duas décadas antes de Hill ser campeão.
Bola na trave
Filho do ídolo brasileiro Nelson Piquet, tri em 1981, 83 e 87, Nelsinho entrou na Fórmula 1 em 2008 de forma promissora, subindo ao pódio no GP da Alemanha daquele ano. No entanto, foi demitido da Renault no meio do ano seguinte e viu as portas da categoria se fecharem após estourar o escândalo “Singapuragate”.
O britânico David Brabham foi outro que não conseguiu repetir os feitos do pai, Jack Brabham, tricampeão (1959, 60 e 61). David disputou 24 GPs nos anos 1990 e 1994 e sequer marcou ponto. Seu irmão Gary Brabham por pouco não disputou uma prova na F1. Tentou se qualificar, sem sucesso, em duas ocasiões.

Já o americano Michael Andretti, filho do campeão de 1978, Mario Andretti, disputou apenas a temporada de 1993. Apesar de ter subido ao pódio uma vez, ficou marcado por levar um “banho” de seu companheiro de equipe na McLaren, um “tal” de Ayrton Senna.
Ao todo, 14 filhos de ex-pilotos de F1 também chegaram à categoria. O primeiro herdeiro a correr na categoria foi Hans-Joachim Stuck, de 1974 a 1979, cujo pai, Hans von Stuck, disputou 3 GPs nos primórdios da F1, na década de 1950.
Caso inverso
Há apenas um caso onde o filho foi campeão e o pai, não. O canadense Jacques Villeneuve, filho da lenda Gilles Villeneuve, levantou a taça da temporada de 1997. Jacques alcançou um feito que o pai não conseguiu, mas não ultrapassou Gilles na história.
Apesar de nunca ter sido campeão, o Villeneuve pai é muito mais conceituado que o Villeneuve filho. Morto precocemente aos 32 anos em um acidente no GP da Bélgica de 1982, Gilles é um dos pilotos mais celebrados da história e considerado um mito dentro da Ferrari.
Atualmente
No grid atual há três donos de sobrenomes famosos: Max Verstappen, da RBR, é filho de Jos Verstappen. Em sua segunda temporada na F1, o prodígio holandês, aliás, já fez mais que o pai, ao vencer o GP da Espanha daquele ano. Kevin Magnussen, que se despede da F1 ao fim de 2020 também é filho de ex-piloto. O pai de Kevin é o folclórico Jan Magnussen, ex-parceiro de Rubens Barrichello em 1997 e 1998.
Dinastia Fittipaldi
Dentre os outros pais e filhos ex-pilotos de F1 estão dois brasileiros: Wilsinho Fittipaldi, que disputou 35 GPs nos anos 70 e Christian Fittipaldi, que participou de 40 corridas entre 1992 e 1994, e hoje faz sucesso no automobilismo americano. Inclusive, o fim de semana do GP de Sakhir marcará a estreia de Pietro Fittipaldi na F1, o quarto representante da família Fittipaldi na categoria.
Perdidos na história
Há também Satoru Nakajima, que foi companheiro de Ayrton Senna e Nelson Piquet no fim da década de 1980 e ficou famoso por atrapalhar Senna no GP do Brasil de 1990. Ele é pai de Kazuki Nakajima, que teve rápida passagem na F1. A dupla pai e filho menos conhecida é Andre e Teddy Pillete. O primeiro disputou apenas 9 GPs entre 1951 e 1964, enquanto o segundo correu somente uma prova, em 1974.

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