O vice-presidente Hamilton Mourão disse que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) “fez um excelente trabalho” na análise do pedido e aprovação do uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford, contra a Covid-19.
Logo após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa, na tarde de domingo (17), o governo de São Paulo começou a vacinação de profissionais da saúde. A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, que fechou parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, para a produção das doses no Brasil.
Também no domingo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que doses da CoronaVac começariam a ser distribuídas na manhã desta segunda e, a vacinação, seria iniciada na quarta. Entretanto, após pressão de governadores, Pazuello antecipou o início da vacinação para esta segunda.
“A Anvisa fez excelente o trabalho dela. Tem aí duas vacinas aprovadas, tem vacina contratada para até o final do ano vacinar 70% da população brasileira, e, consequentemente, a gente chegaria numa situação, ao fim desse ano, com liberdade de manobra em relação a essa pandemia”, afirmou o vice-presidente.
Medidas de prevenção
Mourão declarou ainda que, apesar do início da vacinação, a população precisa manter as medidas de prevenção contra o novo coronavírus, como lavar as mãos, não realizar aglomerações e utilizar máscaras.
“Faço minha as palavras do Almirante Barra Torres (diretor-presidente da Anvisa) ontem, quando ele disse que não é porque a pessoa tomou uma vacina hoje que amanhã pode estar na rua sem as medidas de proteção. O próprio ministro Pazuello falou isso na semana passada. Leva um tempo para que a vacina faça seus efeitos”, declarou Mourão.
O vice afirmou também que o país precisará se dedicar à recuperação da economia assim que consiga neutralizar a pandemia por meio da imunização.
“De modo que a gente consiga retornar a uma situação melhor de emprego para nosso povo e o país entre em um ciclo de crescimento. É isso que a gente está esperando”, disse Mourão.
Mourão também declarou que os envolvidos na vacinação agora devem seguir as regras estabelecidas e a ordem dos diferentes grupos sem furar a fila. O vice-presidente já teve Covid-19 e já afirmou que irá tomar a vacina quando chegar sua fez.
Vacinação em São Paulo
O vice-presidente foi questionado sobre a troca de acusações entre o governador de São Paulo, João Doria, e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no domingo.
Em entrevista, Pazuello afirmou que a aplicação da primeira dose pelo governo de São Paulo foi “em desacordo com a lei” por acontecer antes do previsto pelo Plano Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.
Dória respondeu dizendo que o ministro da Saúde “deveria estar grato à Anvisa e a São Paulo” pela vacina.
“Eu não vou entrar nesse detalhe. Isso aí tudo é politicagem. Eu não entro na politicagem. O meu caso aqui, você sabe que eu lido com as coisas de forma objetiva. Isso aí eu deixo de lado”, afirmou o vice presidente.