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São Caetano do Sul, pode ter seis vezes mais mortes por Covid-19

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O número de contaminados por Covid-19 dobrou em 15 dias em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e o número de mortes na cidade pode ser seis vezes maior do que o divulgado oficialmente, de acordo com o segundo relatório epidemiológico divulgado .

Segundo o consórcio das cidades do Grande ABC, já são exatamente 1.039 mortes no total nessas cidades. São Bernardo teve 329 óbitos, Santo André, 246 e Diadema, 208. Depois aparece Mauá, com 133, São Caetano, com 78, Ribeirão Pires, com 34, e Rio Grande da Serra, onde 11 pessoas morreram por Covid-19.

Os números são um pouco maiores do que os divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde porque foram adiantados, pelo consórcio, com as Secretarias Municipais de Saúde das 7 cidades.

O inquérito epidemiológico também revelou que mais de 8.600 moradores têm ou tiveram a doença, contra 1.443 oficialmente. No primeiro, a proporção era de quatro vezes mais casos do que o divulgado.

O presidente do consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, tem pedido apoio da população.

“Viemos aqui fazer um pedido para toda a população, que possamos aumentar o isolamento social, ficar em casa ainda é a melhor atitude a ser tomada.”

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é um dos principais índices para avanço da evolução da fase de reabertura da economia. Na região metropolitana, a ocupação está em 67,9%. Só em São Bernardo do Campo, a taxa de ocupação nas UTIs é de 78%, segundo a Secretaria Municipal da Saúde da cidade.

Outra preocupação são as subnotificações de casos de Covid-19 que não são testados, de acordo com o médico infectologista Álvaro Furtado.

“O inquérito sorológico vê exatamente isto. Ele testa pessoas que teoricamente não testariam porque têm formas leves ou assintomáticas da doença. Mas esse recorte de aumento de pessoas que tenham marcadores de sorologia positivo nos faz prestar a atenção com relação à transmissibilidade e a circulação do vírus naquele local e é um dado importante na construção do planejamento para as próximas semanas”, afirma.

Mudança de fase
Apesar ter chegado a mais de mil mortes na quarta-feira (24), as cidades do ABC paulista querem flexibilizar ainda mais o comércio e chegar na sexta-feira (26) à Fase Amarela, no Plano São Paulo de abertura do estado. Esta terceira fase permite abrir salões de beleza, bares e restaurantes.

A desempregada Eliane de Mauro sonha com a chegada da Fase Azul, a última fase de reabertura.

“É o que eu mais quero, sabe por quê? Porque eu sinto falta de conversar. Um abraço, um beijo, hoje a gente beija assim (mostra o cotovelo).”

O vendedor ambulante Reinaldo Barbosa da Silva também está ansioso para a vida voltar ao normal.

“Para eu poder vender melhor, né, caiu bastante a venda, né, que eu vendo os panos, e eu quero que acabe logo pra que a gente possa voltar ao normal”, afirma.

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