A prática, conhecida como “toma lá dá cá”, se intensificou nos últimos meses.
A reprovação ao Congresso subiu de 32% para 37%; a pesquisa mostrou ainda que a avaliação regular caiu de 47% para 43%; a aprovação do Legislativo se manteve estável, passando de 18% para 17%.
O instituto fez o levantamento com 2.065 pessoas, por telefone, entre 11 e 12 de agosto.
Na rodada anterior, a aprovação do Congresso e do próprio Supremo Tribunal Federal Supremo havia crescido num momento em que as duas Instituições ganharam protagonismo no enfretamento ao presidente Bolsonaro e na defesa da democracia.
Em abril e maio, Bolsonaro tinha intensificado ataques ao STF e ao Congresso, chegando a participar de atos antidemocráticos de seus apoiadores. Nesta pesquisa, o STF manteve avaliação estável, mas oscilando negativamente.
Essa postura do presidente Bolsonaro mudou em junho, depois que o ex-assessor Fabrício Queiroz foi preso em um imóvel de propriedade do então advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Desde então, o presidente passou a evitar ataques ao Supremo e ao Congresso e consolidou sua aliança com o Centrão.
A rejeição ao Congresso é maior entre aqueles que tem ensino superior e os que ganham mais de 10 salários mínimos, justamente entre os formadores de opinião que costumam antecipar tendências. Apesar do aumento da avaliação negativa do Congresso, o presidente Bolsonaro conseguiu diminuir sua rejeição e aumentar sua aprovação nesta rodada, principalmente com a influência do auxílio emergencial de R$ 600. .