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Isenção de IPTU na Cracolândia foi baseada na localização do ‘fluxo’ dos usuários

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“O parâmetro do critério é de que os boletins que são emitidos diariamente pela secretaria de segurança urbana e secretaria de saúde, definem quais são as ruas que têm a concentração de pessoas naquela região”, afirmou Nunes .

Entretanto, ele não descartou que alterações possam ser feitas no texto durante debate na Câmara, dentre elas, a ampliação do número de contemplados. Pelo texto, 947 imóveis localizados em seis ruas selecionadas serão beneficiados.

“Quando a gente manda um projeto para a Câmara Municipal, ele não está ali fechado. De regra geral, sempre tem contribuições e alterações no projeto”, afirmou.

Comerciantes de ruas como a Santa Ifigênia, que ficou de fora da proposta, reclamam dos critérios, uma vez que o impacto da violência e insegurança é sentido por uma área muito mais abrangente.

A previsão é a de que o PL seja discutido pelos vereadores na tarde desta quarta-feira. Ele deve passar também por três audiências públicas.

A região reflete a espiral da violência na capital paulista. O problema se arrasta há décadas e é tratado de diferentes formas a cada nova gestão.

Na noite desta terça (15), a polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os usuários. Houve correria e confusão.

Nos últimos anos, a prefeitura e o estado passaram a realizar ações policiais para dispersar usuários de drogas que ficavam concentrados em determinadas ruas. A medida fez com que os usuários se espalhassem pela região e afetou a vida de comerciantes e moradores, que relatam o aumento da violência e insegurança.Intervenção na CracolândiaEm julho, a Defensoria Pública do Estado divulgou um relatório que aponta a ineficácia da estratégia de intervenção policial adotada ao longo dos últimos anos para lidar com a questão da Cracolândia.

Ainda segundo o relatório, 90% das prisões em massa realizadas na região durante a 6ª fase da Operação Caronte — apelidada por um dos detidos de “Operação Cachimbo” —, foram consideradas ilegais pela Justiça e arquivadas.

Eleições 2024Durante a entrevista, o prefeito se definiu como um político de Centro que dialoga com diferentes frentes ideológicas.

Nunes tenta costurar uma reeleição com apoio do partido e de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas negou ser bolsonarista.

“O que é bolsonarista? Eu me considero Ricardista”, afirmou.Na semana passada, Ricardo Nunes almoçou com Jair Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Questionado se pretende ser o candidato do ex-presidente na capital, ele afirmou:

“Eu sou o candidato do MDB, partido ao qual me filiei quando tirei meu título de eleitor.”

Nunes diz reconhecer o PL como um dos maiores partidos do Brasil e quer “juntar a força de Centro-direita” para definir o nome de seu vice.

“Vai depender do nome que o PL vai trazer, que os outros partidos vão trazer. Vai depender do governador, se vier me apoiar, a opinião do governador tem peso.”

Um dos nomes que chegou a ser cotado é o de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência do governo Bolsonaro.

Investigação da PF, entretanto, aponta envolvimento de Wajngarten no caso da recompra de um Rolex , relógio dado de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem oficial à Arábia Saudita e vendido nos Estados Unidos pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

Segundo a PF, ele teria sido escalado para recomprar a peça nos EUA.

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