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Leclerc e o azar monegasco na disputa do GP de Mônaco de F1

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Na Fórmula 1, correr em seu país natal normalmente é sinal de um bom fim de semana, salvo raras exceções. É o caso de Mônaco. O GP mais tradicional da maior categoria do automobilismo nunca foi palco de uma vitória de um piloto local. Tudo bem que foram apenas três representantes do principado a participar da corrida local. Dois deles, porém, tiveram bons carros nas mãos na F1. O lendário Louis Chiron, ao menos, de Maserati, conseguiu um pódio na prova inaugural de 1950 com o terceiro lugar. Ele ainda correu em 1955, de Lancia, e foi o sexto (pontuavam cinco), e não se classificou para os GPs de 1956 e 1958. Na década de 1990, Olivier Beretta correu com a fraca Larrousse-Ford LH94 em Mônaco e chegou em uma boa oitava posição – na época, entretanto, pontuavam apenas os seis primeiros colocados.

Só que a maior esperança monegasca na Fórmula 1 está nas pistas atualmente: Charles Leclerc. Formado pela Academia Ferrari, o piloto foi o primeiro formado pelo time na base a assumir uma vaga de titular na mais tradicional equipe da maior categoria do automobilismo. Em quase cinco temporadas, venceu quatro vezes e marcou 13 poles positions – uma delas, inclusive, em Mônaco no ano passado. Mas o azar de Leclerc em seu país natal impressiona: ele nunca completou uma prova no principado. Das 234 voltas disputadas em 2018, 2019 e 2021, ele completou apenas 86 (37%). E tudo começou ainda na Fórmula 2.
Charles Leclerc foi um fenômeno na Fórmula 2, a principal categoria de acesso à F1. Na forte equipe Prema, o monegasco impressionou logo em sua primeira temporada. Venceu sete vezes, marcou oito poles e subiu dez vezes ao pódio em 22 corridas disputadas. Foi campeão com três corridas de antecedência, 72 pontos à frente do vice, o russo Artem Markelov. O domínio credenciou Leclerc para fazer o salto para a Fórmula 1 como piloto titular da Sauber no ano seguinte, em 2018.
O ponto baixo da temporada, entretanto, foi justamente a etapa de Mônaco. Leclerc bateu o recorde da pista para a Fórmula 2 e marcou a pole position para a corrida mais longa, na sexta-feira. Manteve a liderança na largada, mas um acidente entre o romeno Robert Visoiu e o suíço Louis Deletraz na parte final da corrida atrapalhou a vida do piloto. Ele fez o pit stop obrigatório e voltou apenas em quarto, para, na sequência, abandonar a corrida com problemas na suspensão do carro.
No sábado, na corrida mais curta do fim de semana, sem pit stop, Leclerc teve de largar apenas na 17ª posição. Após 20 voltas preso no fim do pelotão, o monegasco teve de abandonar a corrida com problemas elétricos em seu carro. No saldo do fim de semana, apenas os quatro pontos da pole position obtida na classificação de quinta-feira.

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