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PIB deve cair até 10% no 2º trimestre e iniciar recessão

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Começam a ser trocados os nomes nas fachadas de ministérios, em Brasília.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que registrou queda de 1,5% nos primeiros três meses deste ano, deve ter um tombo maior ainda entre abril e junho, quando se projeta uma contração em torno de 8% a 10%. A informação foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
A retração no segundo trimestre projetada pela SPE é na comparação com o trimestre anterior. Se ela se confirmar, o Brasil terá entrado oficialmente em “recessão técnica”, ou seja, recuo do nível de atividade por dois trimestres consecutivos.
O resultado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de setembro.
Para todo este ano, a previsão oficial do governo é de uma retração de 4,7% no PIB.
“A evolução do PIB no primeiro semestre de 2020 reflete a crise causada pela interrupção do comércio e das atividades normais da sociedade. No primeiro trimestre, muitas das grandes economias registraram quedas expressivas do produto trimestral, mas inferiores a 10%. No segundo trimestre, as quedas foram ainda mais impactantes com muitos países registrando valores acima de 10%”, avaliou o Ministério da Economia.

Rombo nas contas públicas
De acordo com o Ministério da Economia, as medidas do governo federal de combate à pandemia, que somam pouco mais de R$ 500 bilhões neste ano, deverão resultar em um déficit primário de R$ 787,4 bilhões para o governo, e de R$ 812,2 bilhões para o setor público consolidado (governo, estados, municípios e estatais).
O déficit acontece quando as despesas superam as receitas com impostos e tributos. O conceito de déficit primário não inclui despesas com juros da dívida pública.
“Apesar do expressivo esforço fiscal deste ano, o governo federal mantém sua diretriz de responsabilidade fiscal e tanto mercado como governo antecipam esta postura em suas projeções”, acrescentou o Ministério da Economia.
Segundo os cálculos da Secretaria de Política Econômica, os gastos de mais de R$ 500 bilhões para combater o coronavírus correspondem 7,3% do PIB previsto para 2020.

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