A Haas viverá em 2020 uma temporada decisiva para sua permanência na Fórmula 1. A revelação foi feita pelo próprio dono da escuderia americana, Gene Haas. Depois de um bom progresso nas suas primeiras três temporadas (2016 a 2018), a equipe teve um campeonato desastroso em 2019 e ficou na nona e penúltima colocação no Mundial de Construtores. Caso o time faça um outro ano ruim, sobretudo nas primeiras corridas, a retirada da F1 é uma possibilidade, já que em 2021 o regulamento será todo modificado, e os custos serão altos.
- Estou apenas esperando para ver como esta temporada começa. Mas se tivermos outro ano ruim, não seria tão favorável. Fizemos cinco anos. Esse foi realmente o teste – vamos fazer isso por cinco anos, ver como vai e avaliá-lo e depois decidiremos se seguiremos em frente. Não estou dizendo que não voltaremos. Tem de ser avaliado. Fazer isso por mais cinco anos, porém, seria um grande compromisso – disse ao site Autosport.
Haas comentou ainda que a mudança completa do carro para o ano que vem levará aos times um custo extremamente elevado, por mais que as intenções da Liberty Media, promotora da F1, e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) seja promover um equilíbrio maior entre os times: –
A grande questão é quanto isso vai custar? Há tanta mudança acontecendo na Fórmula 1, que você realmente precisa se perguntar: será realmente valer a pena tentar implementar todas essas mudanças? Sei que todo mundo acha que as mudanças são boas, mas – rapaz – elas são caras. É semelhante ao que está acontecendo aqui (na Nascar). É difícil para as equipes. Penso que essas mudanças que eles implementam têm a melhor das intenções, mas quando você está do outro lado da equação tentando implementá-las, economicamente é extremamente difícil.
A Haas disputará a temporada 2020 novamente com o dinamarquês Kevin Magnussen e o francês Romain Grosjean. Piloto de testes, o brasileiro Pietro Fittipaldi deve permanecer na equipe por mais um ano.